Friday, September 29, 2006

Você entende?


Não gosto de sentir isso...
Muitos nos dias atuais nem percebem...
mas eu sinto.
Pare por alguns segundos você.
Em perfeito e absoluto solêncio... quase que paralizado.
(um minuto sem se movimentar)
Viu? Entendeu? Sentiu agora?
Parece que todo o mundo continua funcionando menos você não é?
...pessoas trabalhando..cães que ladram...portas batem... assovios...
janelas que abrem e fecham...carros passam...buzinas...
Agora entendeu?
É assim que me sinto sem você.
É como se eu ficasse observando estático essa imensidão em movimento...
Como se eu fosse um relógio com os ponteiros parados...
Esperando tua chegada.
E assim ouvir:
tic... tac... tic...
Pronto!
Os ponteiros voltam a funcionar e eu passo a fazer novamente parte de tudo...
e tudo volta a ter sentido...
e ter razão...

Thursday, September 28, 2006

A mesa.


De madeira.
de forma arredondada.
Coloração: preta.
As ranhuras mostram a cor natural da madeira por debaixo da pintura.
(ah! nem penso em pintá-la novamente... os riscos dizem tanto de cada momento...
não penso em apagá-los.)
Quantas refeições... quantos jantares... lembro perfeitamente de muitos... detalhes...
da "arte" de prepará-los... das longas conversas, devaneios, reflexões...
Estudos... e até mesmo produção científica teve a singela estrutura de madeira como testemunha... (humilde, mas importante mesa).
Ops! Os girassóis... Como poderia esquecer deles... sempre sentinela!

Cartas de amor


Sim.
Eu escrevi confesso.
Mentem aqueles que dizem nunca ter escrito...
Ao menos pensado em escrever uma carta de amor.
Não foi apenas uma, mas não foram muitas... poucas vezes escrevi cartas de amor...
acredito que elas dizem muito de nós... não as escrevo por motivos fúteis...
apenas escrevo quando fazem a releitura do meu coração...
Lembro-me ainda da primeira... utilizava papel e caneta ainda... comprava selos...
enviava pelo correio...
Putz! ficava ancioso pela resposta... que vinha na mesma semana...
Era uma carta dobrada de maneira especial... (parecia uma dobradura... acho que só ela conseguia fazer assim...). O cheiro dela exalava no papel... na tinta...
Como eu gostava daquela época!!!
Hoje, ainda sinto algo especial quando recebo um bilhetinho qualquer de alguém especial... parece tão carregado de sentimento... sinto a presença do remetente... não sei bem explicar...
Depois, escrevi outras,(não muitas) virtuais, próprias do nosso tempo...
Agora as palavras diminuiram... (qria sabr pq iso dxa a gnt distant...)...
Teve outra, a pouco, me lembro...
Foi dessas que certamente muitos já escreveram...
Sentimentos que não conseguiram tomar forma com as palavras...
Esta, jamais foi entregue...
Pena saber que no futuro não restarão páginas para reler as cartas que não enviamos...
aquelas que ficariam guardadas dentro daquela caixa especial, junto dos cartões, postais e cartas recebidas...
Foi-se o romantismo!!!
Estes relatos meus à respeito das cartas de amor que escrevi são para registrar nestas páginas eletrônicas que sentirei falta certamente da possibilidade de rever as páginas amareladas do tempo...
que lembram tanto...
que dizem tanto...
de mim.

Wednesday, September 27, 2006

... Pra mim é música...


Está tão silêncio por aqui...
(silêncio aqui dentro)
Odeio silêncio. Quase sempre odeio.
Prefiro música.
Por isso costumo dizer que as pessoas são como músicas para meus ouvidos...
Cada uma delas me toca de maneira diferente.
Mas não há as que não me toquem.
Cada uma desperta reações em mim... e não há reflexo corporal meu,
que não tenha entre o cérebro e a ação, passado pelo crivo do meu coração.
Algumas “passagens”, mas adoro surpreender-me quando são “chegada”...
Realmente é muito bom quando a música fica tocando pra gente.
Mas não pense que não me agrada ouvir aquela música que passa... é, não é de todas que eu gosto... mas da que deixa o gosto de ouvir mais da sua melodia.
Há também aquelas músicas que se quer tocaram...
Mas, de todas elas, tem uma que cala. Emudece. Ensurdece talvez...
É aquela que não tivemos tempo de ouvir...
Não oportunizamos a propagação de sua melodia...
E que...
Talvez
não toque mais.

Tatu bola. hehehe!!!


Soldadinho de chumbo...
ou seria de cristal???
Uma poetiza
Eliza.
Que ama
que sofre
que chora...
Que é verdade em sí.
Que é assim,
que sorri,
que não apenas vive...
Que é pássaro enquanto livre,
Que é guerreira enquanto forte,
Que é flor enquanto bela
Que é trevo, enquanto sorte.

Monday, September 25, 2006

Um amigo, um artista... chamado: Guilherme.


Alma aventureira... cheia de anseios...
Sede pelo mundo...
É o tipo de pessoa que consegue pintar as cinzentas coisas do mundo
E dar beleza a elas... Coisa de artista...
É do tipo que transforma a lágrima triste do teu rosto em emoção
E fazer-te feliz... Coisa de amigo...
Um camaleão.
Personalidade forte.
Peito aberto, alma nobre coração sereno...
Assim é ele.
O pra sempre. Permanente.
O se sabe... de repente.
Amigo,
Escrevi.
Por ti,
Pra ti,
Gui.

Pelotas 24 de setembro de 2006-


Já passam das 24 horas...
Estou aqui sozinho no meu quarto e sinto a companhia
dela que tanto abomino... a solidão.
Então começo a pensar na vida... e cada coisa que penso,
Cada coisa que sinto... ( a música que ouço tocando no cd...)
Tudo me lembra tudo e, ao mesmo tempo nada... um nada que eu mesmo ajudei a construir... então penso nos meus amigos e vejo que cada um constrói um pouquinho de mim, um pouco do que sou... e percebo que não sou apenas esse nada que a solidão me faz acreditar...
Estou um pouco melancólico hoje... O que é a felicidade? Onde ela está? Eu não sei ser feliz? Porque não a encontro ainda que a procure?...
A gente busca tanto um amor e por mais que tente não encontra...
É como se eu andasse por uma cidadela totalmente solitária de ruas infindas e vazias... um caminhar solitário como se eu fosse o único que ainda sonha com o amor...
Por isso sinto tanta falta e tanta necessidade dos meus amigos.E, são eles que me fazem acreditar que existe no mundo alguma forma verdadeira ainda de amar... sem máscaras...
Aqueles que estão longe sabem o quanto a distância machuca o meu coração... os que estão perto sabem o quanto preciso de suas presenças e... ambos sabem o quanto me são importantes...
Droga!!! Solidão? Ainda estás aí???
Vou dormir. Amanhã será um novo dia.